História

 Abolicionismo e Republicanismo: os caminhos da modernização no Brasil


Rio de Janeiro: a capital do Império

 A cidade do Rio de Janeiro foi o grande centro político e urbano do Império. Sua modernização começou a se delinear no início do século XIX, com a chegada da comitiva de D. João VI. A população do Rio naquela época era de apenas 60 mil pessoas e a do Brasil de 3 milhões. A presença da corte foi fundamental para modificar o cotidiano da cidade e os hábitos de seus semelhantes. Inauguraram-se hotéis e restaurantes, importaram-se produtos vários da Europa, multiplicaram-se as repartições públicas para dar conta da administração do Império. Mesmo assim, ainda em 1846, o Rio não dispunha de água encanada nem de serviço de esgoto, um velho problema da cidade. Era nos aquedutos públicos e nas bicas que os escravos iam buscar água para seus senhores. Mas no decorrer do Segundo Império a capital ganhou água encanada, iluminação a gás e bondes, que aos poucos substituíram as carruagens.

(Extraído do livro "Rumos da História - Nossos tempos" de Antônio P. Rezende e Maria T. Didier, 1998)




Unidade e Pluralidade

"Pessoa alheia à Igreja perguntou-me, certa vez, em Belo Horizonte, se havia um catolicismo de direita e outro da esquerda, e eu respondi que não. Mas uma freira francesa, a quem fez a mesma pergunta, respondeu, sem hesitar, que sim. Sim ou não? Sim e não.
Não, - se entendermos que não há, substancialmente, dois catolicismos, dois sistemas de dogmas, duas disciplinas de costumes, duas filosofias opostas do tempo e da eternidade. 
Mas se nos referirmos a dois modos de ser e de entender as coisas, a dois temperamentos, a duas atitudes em face do mundo e da própria natureza humana, então podemos concordar com a religiosa de ultramar, dessas terras da "fille ainée de l'Eglise" onde as lutas entre católicos galicanos e ultramontanos e as suas diferenças temperamentais e políticas jamais degeneraram em cismas radicais, como os que vieram da Arábia, de Constantinopla ou da Alemanha".

(Extraído da obra "Revolução, Reação ou Reforma" - Alceu de Amoroso Lima, 1964).

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